Vangloria-te diante de teu espelho mudo
de encontro com teu reflexo agudo
Teu sentimento triste e
teu lápis pontudo.
Tua sorte é fraca
Tens duas canetas na mão
flutuando em letras tristes
de uma doce imaginação.
Tua doença é tosse atroz
que te encaminha à sete palmos
de uma morte veloz.
E na dureza de teu rosto
me apresento de maneira fina
quase que inquieta, numa ideia sã e divina.
Teu corpo escandaliza
as marcas de teu passado
Brilhante, fugaz e completamente desleixado.
Vejo fumaça até a ultima ponta
de teu pulmão,
Olhando mais de perto vejo
teu corpo quase entrando em decomposição
Logo, pergunto-me pra que tanta dor, numa vida tão sofrida?
Faço do fim deste verso esta indagação, como ponto de partida.